Distúrbios na percepção

Alguns tipos de lesões (traumas medulares ou lesões durante o parto) podem afetar a sensibilidade dos mecanismos de percepção do enchimento da ampola retal. Há então a dificuldade de perceber quando a ampola está ou não cheia: a pessoa pode não perceber a necessidade de evacuar, ou ter a sensação de evacuação incompleta (que ainda restam fezes na ampola mesmo depois de acabar de evacuar).

Distúrbios na continência

incontinência fecal
incontinência fecal

Quando as estruturas musculares responsáveis pela continência (esfíncteres e MAP) estão lesionadas, pode haver dificuldade em conter fezes ou flatos. Pode acontecer desde a perda de um muco escuro (soiling), a dificuldade de reter flatos ou fezes líquidas ou até, em casos mais graves, a impossibilidade de reter fezes sólidas.

Distúrbios na evacuação

O principal problema da evacuação é a chamada constipação, caracterizada pela dificuldade em evacuar ou pelo baixo número de evacuações semanais – é considerado normal evacuar no mínimo três vezes por semana. Está relacionada principalmente aos hábitos alimentares, hídricos e na baixa coordenação motora dos músculos do assoalho pélvico.

O que é constipação?​

Em condições normais o intestino funciona sempre num mesmo horário, como por exemplo após uma das refeições principais (café da manhã ou almoço), quando os movimentos intestinais são ativados pelo reflexo do estômago ao receber os alimentos.

​Mas, embora o ideal seja evacuar ao menos uma vez por dia, é considerado normal evacuar até 3 vezes por semana, no mínimo. Menos do que isso já caracteriza a constipação ou prisão de ventre.

Mas não é apenas o não evacuar que caracteriza a constipação. Casos de dificuldade ao evacuar, como por exemplo o chamado intestino preguiçoso também é enquadrado no conceito de constipação. O mal funcionamento intestinal pode ser caracterizado por fezes muito duras, muito pequenas, difíceis de serem evacuadas, ou pela sensação de esvaziamento incompleto (que ainda restaram fezes que não puderam ser evacuadas).

As disfunções que são causadas por mal funcionamento dos músculos do Assoalho Pélvico podem ser tratadas com a fisioterapia pélvica e em tratamento multidisciplinar com o médico coloproctologista, gastroenterologista e outros profissionais da saúde como nutricionista.